"Se nos opomos ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, não podemos usar argumentos confessionais. Existem argumentos racionais que dizem que esse casamento não deve ter a mesma proteção por parte dos poderes públicos que o casamento natural. A continuação da espécie, por exemplo, não está garantida."
As palavras foram proferidas por Jorge Fernández Díaz, ministro do Interior espanhol nos "Coloquios en la Embajada", organizados pela Embaixada de Espanha no Vaticano, em colaboração como Pontifício Conselho para a Cultura. O membro do governo falava sobre a presença da religião no espaço público.
Estas declarações estão a causar grande polémica no país vizinho. A Federación Estatal de Lesbianas, Gays, Transexuales y Bisexuales exigiu já que o ministro abandone "a sua militância religiosa ou se demita", porque "tentar impor o seu fanatismo religioso não é próprio de um governante democrático". Do lado do PSOE, a secretária da Igualdade, Purificación Causapié, declarou em comunicado que "não pode governar quem não acredita na Constituição e pretende impor a sua moral ao afirmar que existe um matrimónio 'natural' e verdadeiro".
Fonte@dezanove
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